As iguarias do restaurante Carvalho já lhe valeram as visitas mais inéditas.
Quem atravessa a porta do restaurante Carvalho, em pleno coração de Chaves, encontra o aconchego de uma casa de família. A fazer as delícias dos flavienses desde 1992, à mesa do Carvalho serve-se a essência de Trás-os-Montes, humildemente e sem pretensões.
Manuela Carvalho, de 46 anos, partilha a gerência com a mãe e a irmã. E fala com carinho deste sonho do seu pai, que haveria de ficar nas suas mãos muito cedo, pelos motivos mais tristes.
O seu lugar preferido é atrás do balcão, onde pode ver toda a sala. Dali, gosta de ler nas expressões dos convidados o que lhes vai na alma. Nos bastidores, cabe-lhe gerir o negócio da família, honrando o nome do pai e os valores com que cresceu.
A cozinha sempre foi território da mãe. Fá-lo de forma genuína, sem grandes molhos ou artimanhas. A simplicidade permite respeitar o produto e as suas origens, que são sempre próximas. É que as mãos que cozinham são as mesmas que produzem os enchidos e cultivam os vegetais.
No extenso menu, os pratos vão variando ao sabor dos legumes da época e da inspiração da cozinheira.
Por respeito à vontade do freguês, há receitas que permanecem no cardápio todo o ano. É o caso da alheira, do arroz de frango de cabidela, arroz de fumeiro, arroz de peixe, naco de vitela no borralho e, claro, do bacalhau.
Com 27 anos de casa, no livro de honra pode ler-se as mais sentidas dedicatórias de quem por ali passa. Entre amigos e conhecidos, escondem-se nomes como Nadir Afonso, Eusébio, Mário Soares e Rosa Mota. Todos eles fãs incondicionais das rabanadas do Carvalho.
Notícia em: https://www.revistasauda.pt